sábado, 29 de novembro de 2008

A cidade

Hoje o céu tem o mesmo tom de cinza que tinha ontem,

As pessoas, porém, parecem estar sorrindo mais.

Estranhas.

Como são inconstantes, confusas.

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Por diversas vezes descartam pedaços de si

Que julgam não mais lhes caber,

E o que será destes? Velhos, desfigurados.

Chamam-lhes "Memórias", para que não os confundam consigo.

Mas e eu, que já fui um pedaço de ti?

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Não é máscara e não morre,

Essa tal.

Por ela quantos machuquei? Quantos machucaram?

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Hoje o céu tem exatamente o mesmo tom de cinza que tinha ontem.

Mas essas pessoas tingem as ruas com seu calor único, imutável. Ainda que inconstantes.

E eu continuo

Tentando fingir que não sou como elas.

E com o poeta, o romantismo!

"O AMOR VERDADEIRO EXISTE!

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E ele pode ser encontrado no MercadoLivre.com"

domingo, 16 de novembro de 2008

A morte do Poeta

Ele dizia que seu dom nascera do amor,

Mas suas palavras tinham a doçura de uma lágrima.

Apenas o Poeta sentia seu amargor,

E confortava aos outros.

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Mas, quando sua musa por ele se apaixonou,

O Poeta não mais era poeta, e a Musa também não mais a era.

Eles ganharam nomes.

Se tornaram apenas "ele" e "ela".

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Não havia mais tempo pra poesia.

O amor é egoísta.

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Ou serei eu?