28.03.2009
"Acordar hoje foi difícil. Como de costume, passei a madrugada assitindo TV. Mas há algo diferente, esqueci a música que sussurava pra mim mesma– como era mesmo?
Tive a impressão de que se eu parar por um instante, serei deixada pra trás. Mas e o que eu perdi? O que me foi tirado?
O por-do-sol tingiu a cidade de vermelho - o cenário dessa cidade nunca muda.
(…)
Essa cidade, onde andamos sem sujar os pés, me mudou, matou meu coração. Uma chuva repentina, e eu e a cidade nos molhamos. “Eu sempre soube” – era uma desculpa.
E sabe o que me deixa triste? Não ter conseguido chorar.
Mais uma vez, o por-do sol tinge a cidade de vermelho. Os dias vem e vão, e eu tenho gritado para que um novo amanhã chegue. Em um lugar qualquer dessa cidade que tanto odeio, Prometo tentar, nem que só por um momento, sorrir um pouco."